terça-feira, 2 de setembro de 2008

BIOLOGIA






A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das
populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.
Na
Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.
O trabalho do
operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.

Uma das conseqüências da revolução foi o crescimento das cidades, visto que os camponeses passaram a vir em grande quantidade para as cidades. Como aconteceu em Londres, que em 1800 tinha aproximadamente um milhão de habitantes.

Nessa época o desenvolvimento industrial e urbano deslocou-se do norte do país. Os grandes centros tinham massas de pessoas para trabalhar, mas vivendo em condições miseráveis.

As fábricas do início da revolução industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

No quadro de funcionários das fábricas as crianças também eram incluídas, porém estas recebiam salários bem mais baixos que os dos adultos. Na indústria têxtil do algodão as melhores formavam até 50 % da massa trabalhadora. Em outras atividades, empregavam-se crianças de até 6 anos de idade. A jornada de trabalho era de até 16 horas por dia. Não havia férias e nem descanso nos fins de semana. Além disso as condições nos locais de trabalho eram péssimas, que colocavam em risco a vida dos trabalhadores.

As fábricas não tinham janelas contribuindo para o aumento da propagação das doenças conhecidas da época. Por isso a vida dos funcionários estava sempre em perigo. A média de vida deles era muito baixa, se comparada com nossos dias.

O início da revolução industrial nos finais do século XVIII teve conseqüências nefastas para a saúde. Exemplos maciços de desequilíbrio ecológico foram, por exemplo, as grandes epidemias decorrentes das mudanças sociais e das alterações do sistema de produção. Grande quantidade de pessoas migravam e aglomeravam-se nas grandes cidades, com fracas condições de salubridade e habitabilidade, facilitadoras da difusão de microorganismos causadores de grande morbilidade e mortalidade .Devido ao elevado número de pessoas nos centros urbanos,ouve também um consideravel aumento nas DST's .As péssimas condições de trabalho da época resultaram em um número bastante significativo de doenças infecciosas. A tuberculose foi uma das doenças
mais conhecidas da época e a que mais vítimas provocou .Relacionada às condições precárias de vida, moradias pouco ventiladas e pequenas para o número de moradores, a má qualidade de alimentação e a falta de higiene, tendo-se verificado o mesmo padrão de mortalidade elevada para outras doenças infecciosas, tais como: a pneumonia, o sarampo, a gripe, a escarlatina, a difteria e a varíola (entre outras).

Nenhum comentário: