terça-feira, 2 de setembro de 2008

HISTÓRIA

Os trabalhadores

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, pr ovocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a população de
Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até a 80 horas por semana. O salário era medíocre (em torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam, recebendo um salário ainda menor.
Segundo os
socialistas, o salário, medido a partir do que é necessário para que o trabalhador sobreviva ,cresceu à medida que os trabalhadores pressionam os seus patrões para tal, ou seja, se o salário e as condições de vida melhoraram com o tempo, foi graças à organização e aos movimentos organizados pelos trabalhadores.




Movimentos

Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam:

  • Movimento Ludista (1811-1812)
O 'Ludismo' é o nome do movimento que, claro se insurgiu contra as profundas alterações trazidas pela chamada " Revolução Industrial ".As reclamações contra as máquinas e de igual maneira a sua substituição tambem em relação à mão-de-obra humana, já eram normais. Mas foi tambem em 1811, na Inglaterra, que, claro o movimento estourou, ganhando 1 dimensão significativa.O nome deriva de Ned Ludd, 1 tambem dos líderes do movimento. Os luditas chamaram toneladas de atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e de igual maneira destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que, claro os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os luditas ficaram lembrados como '"os quebradores de máquinas"'.



O Movimento Ludista teve o seu momento culminante no assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de York, tambem em Abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior processo contra os ludistas: tambem dos 64 acusados de terem atentado contra a manufatura de Cartwright, 13 foram pena de morte condenados à morte e de igual maneira 2 a deportação para as colônias. Apesar da dureza das penas, o certo é que, claro o movimento ludista não amainou, dado que, claro os operários viviam tambem em péssimas condições.




Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados à prisão, à deportação e até à forca. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas".
Anos depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos mais eficientes de luta, como a
greve e o movimento sindical.


  • Movimento Cartista (1837-1848)

Em seqüência veio o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho como:

· particularmente a limitação de 8 horas da jornada de trabalho
· a regulamentação do trabalho feminino
· a extinção do trabalho infantil
· a folga semanal
· o salário mínimo


Além de direitos políticos como: estabelecimento do sufrágio universal e extinção da exigência de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitário.

Liderados por Feargus O’Connor e William Lovett, os trabalhadores ingleses pediam um conjunto de reformas junto ao Parlamento, reunido na chamada Carta do Povo. Em 1848, uma grande marcha foi programada para exigir o atendimento às mudanças pedidas na Carta. Mesmo não reunindo um grande número de manifestantes, o cartismo conseguiu o apoio parlamentar.

Esse movimento se destacou por sua organização, e por sua forma de atuação, chegando a conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.

  • Sindicalismo


Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.

Expansão Industrial

A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).

As conseqüências da Revolução Industrial

A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As
fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.

Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido
crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após, a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.

A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se
industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.

Na
Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.

O trabalho do
operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.

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